Final De Semana

Amados,
Ontem eu estava lendo o futuro através dos calos na cabeça de meu cão pastor tibetano. Sim, poucos sabem mas desde 1918 que sou adepto e criador da cinocefalomancia. Tudo começou em uma sargeta em paris, onde depois de um porre homérico acordei abraçado em um vira-lata e tive a sensação de que teria uma ressaca horrível... Nunca falhou!
O fato é que vi um futuro alegre para a América Latina. Abri o jornal e vi que os argentinos vão reduzir a exportação de trigo, como estava otimista, pensei: vai ficar mais difícel para os congressistas fazerem pizza. Embaixo, uma nota falava que a aids começou com chipanzés da República dos Camarões. Meu bom humor acabou. Onde já se viu chamar de chipanzés o povo de Camarões... Li melhor e se referiam aos macaquinhos... Fica a lição: fuderam os macaquinhos e agora eles são os culpados... No universo conhecido e em boa parte do desconhecido, há apenas uma constante, a corda arrebenta do lado mais fraco!
Daqui da minha varanda, vendo as cabrinhas pastarem no vale, comecei a pensar, estimulado (intelectualmente) pelos chipanzés de Camarões: o que farei no final de semana?
Num relâmpago da Luz Catódica, todo um horizonte se iluminou em minha mente: milhões de pessoas devem estar com a mesma dúvida neste momento...
O desespero a que são levados os mortais para matar o tempo é notável. A única coisa que não é preciso matar é o tempo, ele morre sozinho, escorre por entre as mãos como sabonete líquito. Crianças, se não encontrarem uma boa mulher, procurem uma ruim, na falta disto, fiquem com a sua mesmo, não há nada melhor para matar o tempo. Após horas de cafuné e carinhos, elas gastarão horas para se vestir, horas para sair de casa depois de prontas, horas dizendo que você está correndo e que devia ter saído antes, horas dizendo que você não conhece o caminho, devia ter saído antes e devia perguntar, horas dizendo que não queria ter ido e que já é hora de voltar...
Amigos, esqueçam o que disse e procurem a Luz Catódica. Cliquem nos anunciantes, só clicar salva.

Meh