Tuesday, July 04, 2006

Respondendo Pergunta Sobre Delírios



noelle
Reverendo 28/06/2006 17:48
Ja que Freud anda ausente, talvez de férias , gostaria de sua opinião a respeito do tema delirio persecutório, que alguns membros da comunidade estão com sintomas .hehhehe


Reverendo
Delírio Persecutório 29/06/2006 11:54
Precisamos voltar ao básico para resolver a questão. Para Freud, o conflito central do paranóico reside em como enfrentar a fantasia do desejo homosexual inconciente. Meu amigo vienense indentificou quatro formas de resolver o conflito, que desembocam nos delirios de perseguição, erotomaníaco, ciúmes e de grandeza.
Todos nós, em algum momento de nossa existencia, já pensamos: "e se meu parceiro estiver me traindo?", bastando para isto que tenha voltado meia hora mais tarde. Normalmente desacartamos a idéia como ridícula, depois de avaliarmos elementos objetivos que a desmentem.
Também pode nos ter ocorrido de, em uma rua, ou em uma reunião, fantasiarmos que alguém estaria nos "dando bola".
Claro que acabamos por descartar essa idéia, mesmo que persistindo o desejo
de ser objeto do amor do outro. Isto porque várias constatações da realidade se convertem em uma prova objetiva de que nossa impressão era falsa.
Em ambos os casos, estas crenças não puderam se estruturar em um delírio, apesar de terem chegado ao estado de idéia fixa. No delírio, o sujeito tem a firme convicção de ser um 'cornudo' apesar de estar casado con a mulher mais fiel do mundo, ou de que o outro está enamorado, apesar de todas as evidências contrárias, apesar da outra pessoa nem lhe notar.
Qual a origem destas idéias delirantes?
Para o velho Sigmund (eu o chamava de Frofró...), conforme mostrou na análise do caso Schreber, formula uma hipótese: Viadagem enrustida... Para ele, certos tipos de delírios, bastante freqüentes, tem raiz na tentativa do paneleiro de se defender da angústia produzida por desejos homosexuais inconscientes que afloram. Ele diz que "o núcleo do conflito da paranóia é o convite da fantasia de desejo homosexual. A relação pode não parecer clara, mas o processo é o seguinte:
No caso da mania de perseguição: O "eu o amo", entra em conflito com a repressão, dando em: não o amo, porque ele me odeia; no caso da eretromania: o eu o amo, reprimido, vira: não o amo, pois ela me ama;

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Reverendo

no ciúme doentio, o "eu o amo", reprimido, transforma-se em não o amo, pois ela o ama; no delírio de grandeza, o "eu o amo"é reprimido pelo não o amo, pois amo somente a mim.
Embora para quem preze a Luz Catódica esses conflitos não existam, repare bem, você já sentiu ciúmes de uma pessoa que absolutamente não lhe atrai?

Nolle, o perigo do conhecimento, é a dor que causa... Creio que irão se enchergar. A cura? Meditação Catódica, sexo e abuso do corpo para turvar os sentidos...

Que a Luz Catódica erice seus mamilos...

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